sábado, 27/julho/2024
ArtigosEm briga de marido e mulher se mete a colher, sim!

Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim!

Por Luana Mello*

Olá leitores queridos e simpatizantes! Hoje vou polemizar e falar sobre um fato infeliz e muito comum em todos os lugares do Brasil. Você sabia que  a cada 2 minutos 5 mulheres são agredidas em nosso país?

Antes de começar a estagiar em uma delegacia, eu tinha uma opinião absoluta a respeito desse assunto até passar a ver os fatos através de outra perspectiva.

Que mulheres são agredidas todos os dias não é mais novidade, certo? Mas ai eu pergunto de vocês: O que leva esse ser humano com toda a sua feminilidade, delicadeza, inteligência (nesse caso nem tanto) a prestar uma notitia criminis (vulgo queixa) em uma delegacia e depois de dois dias voltar para retirá-la?

Logo no início do estágio, quando chegavam mulheres machucadas, chorando, contando a sua sofrida história de vida e etc. Eu tinha vontade de pegá-las no colo, resolver todos os problemas e sentia cada vez mais raiva de homens que submetiam essas mulheres a passarem por isso. Porém meus caros, o erro se encontra justamente ai. Com o passar do tempo é normal que nós aprendamos a prática do negócio, porque se tem algo pior do que o estágio é o inicio dele.

Mas enfim, continuando… o que se aprende é que, na maioria das vezes são essas próprias mulheres que se submetem a agressão, elas chegam até a delegacia, fazem maior choradeira e no outro dia aparecem com a cara lavada dizendo que cometeram um erro, que estão arrependidas, que amam o fulano  e mimimi depois pegam porrada novamente e o ciclo se repete.

É revoltante não é? Acontece que logo depois da agressão e das brigas o companheiro se mostra, arrependido, com juras de amor e que nunca mais irá agredi-la, desculpando-se, fazendo com que a mulher (coitada) acredite no arrependimento dele e ela acaba desistindo de deixá-lo.

 

A respeito do meu estágio, essa é uma das coisas que mais me irritam! Se eu realmente eu pudesse intervir, eu interviria. Entendam, não estou dizendo que sou a favor da violência, mas sim contra essas atitudes que não colocam um fim a essa prática.  Tanto que temos a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006)  que é reconhecida por ampla maioria da população (84% de popularidade entre brasileiras e brasileiros – Ibope/Themis).

 

O assunto é complexo e o espaço é curto, mesmo assim quero deixar meu recado:

MULHERES! não aceitem se quer um grito, não se envergonhem, não se entreguem nunca, denunciem todo e qualquer tipo de agressões (Central disk 180 –  É o disque-denúncia para violência contra a mulher. Vale para todo o território nacional, e a ligação é gratuita. Atende todos os dias, inclusive finais de semana e feriados, durante as 24 horas)

E por favor, não volte para esse homem! Façam valer os seus direitos!

Essa é a única forma de estancar o ciclo da violência da qual a mulher é a grande vítima.

 

Abraços de uma estagiária revoltada e até semana que vem!

*Luana Mello, colaborou com nosso site por meio de publicação de conteúdo. Ela é estudante de Direito, e além da faculdade, ainda estuda para concursos públicos.

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