sexta-feira,19 abril 2024
Poesia jurídicaDia da Poesia é uma homenagem ao poeta que fez Direito

Dia da Poesia é uma homenagem ao poeta que fez Direito

A poesia brasileira tem um dia no calendário dedicado a ela: 14 de março, Dia Nacional da Poesia.

E você sabia que esta data foi escolhida para homenagem um poeta que fez Direito?

Isso mesmo! Fez direito de fazer bonito, de escrever muito bem. E também, fez Direito ingressando em 1864 na Faculdade de Direito do Recife, e posteriormente, concluiu o curso em São Paulo, na Faculdade de Direito do Largo do Largo do São Francisco.

Estou falando de Castro Alves! Um dos mais importantes poetas nacionais, o último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil. Conhecido como poeta dos escravos, escreveu o famoso poema “O Navio Negreiro”, que relata o sofrimento e a crueldade contra os escravos. Castro Alves foi um defensor impetuoso dos escravos, manifestava sua opinião contra esse tratamento desumano, denunciava os maus tratos e abusos e clamava pela liberdade deles.

Castro Alves era sim um poeta jurídico! Atribuiu ao Romantismo um valor social e revolucionário.

E além disso, escreveu sobre o amor, a admiração e sedução com as mulheres.

Tornou-se patrono da cadeira nº7 da Academia Brasileira de Letras. Imortal.

Mas, morreu cedo, aos vinte e quatro anos, em 1871, de tuberculose.
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Poesias de Castro Alves

A Canção do Africano
A Cachoeira de Paulo Afonso
Adormecida
Amar e Ser Amado
Amemos! Dama Negra
As Duas Flores
Espumas Flutuantes
Hinos do Equador
Minhas Saudades
O “Adeus” de Teresa
O Coração
O Laço de Fita
O Navio Negreiro
Ode ao Dois de Julho
Os Anjos da Meia Noite
Vozes da África

 Trecho do poema “O Navio Negreiro”

“’Stamos em pleno mar… Doudo no espaço
Brinca o luar – dourada borboleta;
E as vagas após ele correm… cansam
Como turba de infantes inquieta.

‘Stamos em pleno mar… Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
– Constelações do líquido tesouro…

‘Stamos em pleno mar… Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes…
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?…

‘Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas…

Escritor, poeta e advogado.

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