Todo mundo um dia passa por um momento de “vulnerabilidade amorosa”. E de forma fácil, se apaixona. Se entrega. Tem recaídas.
Mas ser a parte frágil da relação é perigoso. Essa situação deixa propícia a ocorrência de danos morais (passionais).
E a legalidade da paixão é cumprida. Porém, sofrer e se ferir não é legal.
No caso da poesia jurídica (poerídica) abaixo, o pobre apaixonado tenta avisar a autora da sua paixão sobre sua vulnerabilidade e hipossuficiência amorosa, contudo, não sei se foi suficiente.
Poerídica: Vulnerabilidade amorosa
Garota estudiosa,
que entende
da Separação Judicial Litigiosa,
mas não entende
da minha
vulnerabilidade amorosa.
Sou consumidor
do amor.
Eu me apaixono fácil.
E o meu coração
é indefensável,
isento de proteção,
carente e frágil.
Não apele
com seus recursos
admissíveis
e provenientes.
Lembre-se:
a alta sensibilidade
me faz ser
hipossuficiente.
Não tenho condições
de arcar com os custos
da sua indiferença.
Careço de benefícios
(amores e carinhos)
dados por sentença.
Garota estudiosa,
do Vade Mecum cor-de-rosa,
note, considere e respeite
a minha vulnerabilidade amorosa.
Cuidado com sua forma culposa
de provocar meu sentimento.
Por favor, não deixe ser dolosa
a dor do seu afastamento.
Rafael Clodomiro