Para falar sobre uma relação quente, de “amor picante”, com atos libidinosos, fiz uso de um recurso bem apelativo…a Apelação! Ah, pela ação…não sei se gostarão…mas, considerem que esta é a minha primeira poesia jurídica classificada como “erótica/sensual”.
Não foi por pura safadeza (não me entendam mal, rs). A motivação para compor uma poesia libidinosa assim veio da ideia constante que tenho de inovar na abordagem de tratar determinado assunto. E ao estudar o Recurso da Apelação, acabei descobrindo esse meu estilo afrodisíaco de escrever…rs
Nelson Nery Junior define o Recurso como sendo “o meio processual que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público e de um terceiro, a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a anulação, a reforma, a integração ou o aclaramento da decisão judicial impugnada.”
E agora, convido você a analisar o Recurso de Apelação numa visão poética e num aspecto de sensualidade. E além das brincadeiras com as palavras, é possível notar algumas das características, efeitos e cabimentos da Apelação.
Poerídica: Apelação!
Apele
quantas vezes quiser,
apele
considerando a boa-fé,
apele…
Pois eu vivo à flor
da pele.
Da carência
cabe apelação,
conforme determina
a Lei da Pegação
a favor
da pela ação
amorosa,
calorosa,
e libidinosa.
Pra mim,
a sua apelação
será sempre
cabível.
Mas quanto mais
sensível
eu fico a te desejar,
mais exigível
é a sua razão
de apelar.
Então, apele!
Porque a minha pele
já se arrepiou
sem atraso.
É só você se aproximar
que a inter-posição se dá
dentro do prazo.
Apele muito!
Qualquer questão
pode ser alegada.
Saiba que eu adoro
Apelações!
E se você continuar
Apelada
Eu não respondo por minhas ações…
…A gente apela e apela
com ou sem
resolução do mérito,
com ou sem juízo.
A gente segue apelando
com ou sem
efeito devolutivo,
com ou sem
efeito suspensivo,
pois nosso maior prazer
é entrar com o recurso
bem apelativo!
Rafael Clodomiro