Por Nedson Ferreira Alves Junior*
Não basta ter um rostinho bonito, tem que ser estudante de Direito,porque pertencer ao quadro seleto de acadêmicos da arte real da Ciência Jurídica é motivo de júbilo para qualquer pessoa e a sua família.
Estudante de Direito não vai para simplesmente para a aula da “facul”, mas sim para aula de Direito. É uma vaidade natural e indissolúvel que os bacharéis e bacharelandos carregam consigo. Mas todos fizeram e fazem por merecer, afinal de contas o curso não é só para “tropa de elite”.
Todos já devem ter visto alguma charge na internet sobre estudantes de Direito e tentam relatar como é a rotina da graduação. Só que proponho uma análise diferente, nada de tratar essa rotina com humor soberbo ou paródias. Sejamos realistas porque o curso de Direito não é vilão.
Um bom curso de Direito se faz com dedicação e expertise, mas para isso a pessoa necessita de saber qual é a sua realidade. Não são todos os alunos que tem o luxo de apenas estudar. Muitos conciliam trabalho, família e estudos. Alguns superam, também, o quesito idade.
Durante os semestres são tantos seminários, trabalhos, provas, atividades de campo e afins que deixam todos arrepiados. Não pensem que é só o estudante que tem que suportar a carga de estudo, o professor também precisa acompanhar o ritmo e atualizar a cada aula.
A “nada mole vida” do acadêmico é representada por todas esses entraves que aparecem no cotidiano. E é por superá-los que merecemos ostentar os louros das vitórias.
Só que a vida por ser mais branda durante a faculdade, basta você se organizar. Como eu disse em uma coluna anterior, somos senhores do nosso tempo. Além de organização precisamos encontrar a nossa maneira de estudar.
Proponham-se a parar com as lamúrias e partir para ação. Não adiantará nada postar no facebook que reclamação sobre o número de trabalhos da faculdade para fazer. Basta ter a iniciativa de fazê-los um pouco a cada dia.
Quanto menos faltar as aulas, melhor! Mesmo no dia em que estamos mais dispersos, ainda assim gravamos um pouco daquilo que ouvimos.
Tenham o hábito de levar consigo uma doutrina ou o código para lugares em que você terá que esperar, como a fila do banco por exemplo. Naquele momento de ociosidade é uma boa oportunidade para ler um pouco.
Na hora da prova preste bastante atenção no enunciado da questão. Responda somente aquilo que está sendo perguntado e não tente criar uma situação paralela para que o professor “veja que você escreveu muito”. Na maioria das vezes em que isso acontece gera uma resposta que eu chamo de “kamikaze”, porque a complementação da resposta anula a resposta certa. Isso evitará transtornos futuros com o professor, por causa da nota atribuída na questão.
No mais, vista a camisa do entusiasmo e faça da sua “nada mole vida” o caminho do seu sucesso.
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