quinta-feira,28 março 2024
Poesia jurídicaQuem somos nós para não fazer Direito?

Quem somos nós para não fazer Direito?


Eis uma homenagem aos estudantes de Direito (formandos ou formados). Uma homenagem poética para brindar cada período no curso de Direito, cada avaliação, cada correção de prova, cada petição feita, cada trabalho realizado, cada artigo estudado, cada jurisprudência analisada…e etc.
 

“Quem somos nós para não fazer Direito?” é uma “poerídica” (poesia jurídica) que reúne algumas das sensibilidades e aprendizados colhidos durante a faculdade de Direito. É uma forma de agradecer e comemorar pelos valiosos ensinamentos que o Direito oferece aos aprendizes dispostos a saber sempre um pouco mais. A presente poesia é, realmente, fruto das inspirações jurídicas.

Poerídica: Quem somos nós para não fazer Direito?

 
Quem garante a livre convicção
e o senso de justiça perfeito?
Se toda regra induz uma exceção,
quem somos nós para fazer Direito?

Estudamos, a princípio, a Ciência Jurídica
como uma unidade sistemática, robusta e coerente.
Porém, nossos pensamentos e ideologias são flexíveis,
não são como normas aplicadas em superfície carente.

Chame o legislador, o doutrinador, o professor…
quem tem razão quando o mundo é controverso?
Onde está a corrente majoritária ao nosso favor?
Qual a solução para o contraditório inverso?

A nossa causa de pedir fundamenta-se no saber ilimitado,
quem é aprendiz não se convence com o trânsito em julgado.
Nós somos a prova principal do mais importante inquérito,
pois temos no princípio da dignidade o nosso mérito.

A cada instância da vida, agravamos nossa vontade de sorrir.
E diga-nos: qual legitimado não tem esse interesse de agir?
A certeza não é o julgado procedente à argumentação,
a única certeza é a dúvida que nos leva à reflexão.

Com base nas cláusulas pétreas fortalecemos a boa-fé
e de ofício alcançamos voo além da previsão legal.
Toda a ética profissional entregamos sem contrafé,
pois não vivemos pelo litígio, e sem pelo convívio com a paz social.

Quem garante a livre convicção
e o senso de justiça perfeito?
Se toda regra induz uma exceção,
quem somos nós para fazer Direito?
ou melhor,
quem somos nós para NÃO fazer Direito?

Somos vários cidadãos e uma sociedade,
somos todos intérpretes da solidariedade,
somos os direitos e deveres da legislação,
somos pura assistência, a sábia proteção.

Nós somos pedaços de um ‘Vade Mecum’ sem final,
nós somos os capítulos da Doutrina atual,
nós somos a prudência da sentença judicial,
nós somos a esperança do que for constitucional!

quem+somos+nos+p+nao+fazer-direito

Leitura da Poerídica na Colação de Grau

“Quem somos nós para não fazer Direito” foi o texto da mensagem final dos formandos em Direito (2008/2012) da UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda. Assista a declamação da poesia:

Escritor, poeta e advogado.

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